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CIDADE DE SP TEM CÉU ALARANJADO E NUBLADO POR CAUSA DA FUMAÇA DE INCÊNDIOS NO PANTANAL

A cidade de São Paulo amanheceu com céu nublado e alaranjado nesta sexta-feira (18). O fenômeno ocorreu porque a fumaça das queimadas e incêndios florestais da região Centro-Oeste do país chegou até o estado e se misturou com a nebulosidade, informou o Climatempo.

A “chuva escura” pode ocorrer até este domingo (20) e a água coletada pode ser acinzentada, em função do acúmulo de poluentes.

Amanhecer em meio à névoa é visto na capital paulista na manhã desta sexta-feira (18). Clima seco e queimadas na região do Pantanal prejudicam as condições do ar. — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

Uma mudança na direção do vento diminui a concentração de poluentes e permite que, a partir de segunda-feira (21), a fumaça saia do estado de São Paulo.

Além de São Paulo, é possível que a camada de fumaça encubra também áreas do centro-sul do Rio de Janeiro, incluindo a capital, e do centro-sul de Minas Gerais. Nesta quinta-feira (17), Santa Catarina registrou chuva contaminada por causa de partículas de fumaça provenientes dos incêndios no Pantanal.

SP tem céu nublado e escuro devido a fumaça das queimadas do Pantanal — Foto: Bruno Rocha/Estadão Conteúdo

Fuligem em São Paulo

No caso de São Paulo, a fuligem deve ser originária não apenas do fogo que atinge o Pantanal, mas também das queimadas que ocorrem no interior do estado, explica Alexandre Galvão, meteorologista do Climatempo.

Vista céu alaranjado no Alto da Lapa, na Zona Oeste de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (18). — Foto: André Lucas/Estadão Conteúdo

 

Chuva escura em 2019

Em 19 de agosto de 2019, o fenômeno da chuva negra ocorreu na cidade de São Paulo por conta de queimadas que ocorriam na Amazônia. Análises técnicas feitas por duas universidades mostraram que a água da chuva de cor escura coletada por moradores da capital continha partículas provenientes de queimadas. Nas redes sociais, moradores da Grande São Paulo postaram fotos da água da chuva escura.

Água escura coletada em casa de São Mateus, na Zona Leste de SP — Foto: Leandro Matozo/GloboNews

O teste feito pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) identificou a presença de reteno, uma substância proveniente da queima de biomassa e considerada um marcador de queimadas, na água da chuva coletada na segunda-feira.

Já o exame realizado pela Universidade Municipal de São Caetano (USCS) mostrou que a concentração de material particulado, ou seja, de fuligem, foi sete vezes maior do que a registrada na água de uma chuva normal.

Enquanto os pesquisadores da USP analisaram a identificação de reteno, que é um marcador de queimadas, a análise da USCS verificou quantidade de fuligem 7 vezes mais que o normal e a presença de sulfetos 10 vezes superior à média. A substância é proveniente da queima de combustíveis fósseis e queimadas.

“Se eu estou com 7 vezes mais do que deveria ter, eu tenho nessa água substâncias químicas que podem afetar a saúde. Agora a gente vai ter que investigar o que que é isso”, diz Marta Marcondes, bióloga e professora da linha de pesquisa de saúde e meio ambiente da USCS.

O repórter cinematográfico Leandro Matozo, da GloboNews, coletou a água com fuligem em baldes no quintal da casa onde mora, em São Mateus, na Zona Leste da capital. As amostras recolhidas no local foram utilizadas nos exames das universidades.

Céu no dia 19 de agosto de 2019 — Foto: Glauco Araújo/G1

 

 

FONTE: G1

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